O homen, conta com múltiplos meios para preservar seu corpo físico e um dele é o apaziguamento de sua alma por meio da prece. Apaziguamento da alma? Sim, porque enquanto na arena carnal pode ser comparado a um viajor na selva de pensamentos heterogêneos, aprendendo, por intermédios de rudes exercícios, a encontrar seu próprio caminho de libertação e ascese. Mentalmente exposto a todas as influências psíquicas, é imperioso que se eduque para governar os próprios inpulsos, aperfeiçoando-se moral e intelectualmente, para que se lhe aprimorem as projeções.
Apaziguando a alma, além dos inestimáveis serviços da pele e da mucosa intestinal que o defende das intromissões indébitas de elementos físicos e químicos, prontos a lhe arruinarem a estabilidade, o homem consegue mobilizar todo um sistema de quimioterapia bacteriana, atualmente em plena evolução para mais ampla eficiência, com a antibiose ou atuação bacteriostática levada a efeito por determinadas unidades microbianas sobre outras, na vanguarda dos processos imunológicos. É possível, então, coibir, com relativa segurança, a febre tifóide, as disenterias, a tuberculose, as riquetsioses, a psitacose, as infecções pulmunares e urinárias, etc. Entretanto, nada disso acontece quando o homem submerge na atmosfera nefasta que rege boa parte da vida social no Planeta.
Desse modo, assim como o homem recorre ao médico ou nutricionista para a manutenção do corpo, além de professores e orientadores diversos, é natural que se valha da prece para angariar a inspiração de que precisa, a fin de afinizar-se com as Diretrizes Superiores. Isso porque no circuíto de forças estabelecido com a oração, a alma não apenas se predispõe a regenerar o equilíbrio das células físicas viciadas ou exaustas, através do influxo das energias renovadoras que incorpora, espontâneamente, assimilando os raios da Vida Mais Alta a que se dirige, mas também reflete as sugestões iluminativas das Inteligências desencarnadas de condição mais nobre, com as quais se coloca em relação.
Sim, porque na floresta mental em que avança, o homem frequentemente se vê defrontado por vibrações subalternas que o golpeiam de rijo, compelindo-o à fadiga e à irritação, sejam elas provenientes de ondas enfermiças, partidas dos desencarnados em posição de angústia e que lhe partilham o clima psíquico, ou de oscilações desorientadas dos próprios companheiros terrestres desequilibrados a lhe respirarem o ambiente. Todavia, tão loge se envolve nas vibrações balsâmicas da prece, eregue-se-lhe o pensamento aos planos sublimados, de onde recolhe as ideias transformadoras dos Espíritos benevolentes e amigos, convertidos em vanguardeiros de seus passos na evolução.
Orar constitui a fórmula básica da renovação intima, pela qual o divino entendimento desce do Coração da Vida para a vida do coração.
Semelhante atitude da alma, porém, não deve, em tempo algum, resumir-se a simplesmente pedir algo ao Suprimento Divino, mas pedir, acima de tudo, a compreensão quanto ao plano da Sabedoria Infinita, traçado para o seu próprio aperfeiçoamento, de maneira a aproveitar o ensejo de trabalho e serviço no bem de todos, que vem a ser o bem de si mesma.
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