Cedo começa para o Mestre Divino, erguido à posição de Médium de Deus, o apostolado excelso em que lhe caberia carrear as noções da vida imperecível para a existência na Terra.
Aos 12 anos, assenta-se entre os doutores de Israel, ouvindo-os e interrogando-os (25), a provocar admiração pelos conceitos que expendia e a entremostrar a sua condição de intermediá rio entre culturas diferentes.
Iniciando a tarefa pública, na exteriorização de energias sublimes, encontra-mo-lo em Caná da Galileia, oferecendo notável demonstração de efeitos físicos, com ação a distância sobre a matéria, em transformando a água em vinho (26). Mas, o acontecimento não permanece circunscrito ao âmbito doméstico, porquanto, evidenciando a extensão dos seus poderes, associados ao concurso dos mensageiros espirituais que, de ordinário, lhe obedeciam às ordens e sugestões, nós o encontramos, de outra feita, a multiplicar pães e peixes (27), no tope de monte, para saciar a fome da turba inquieta que lhe ouvia os ensinamentos, e a tranquilizar a Natureza em desvario (28), quando os discípulos assustados lhe pedem socorro, diante da tormenta.
Ainda no campo da fenomenologia física ou metapsíquica objetiva, identifica-mo-lo em plena levitação, caminhando sobre as águas (29), e em prodigiosa ocorrência de materialização ou ectoplasmia, quando se põe a conversar, diante dos aprendizes, com dois varões desencarnados que, positivamente, aparecem glorificados, a lhe falarem de acontecimentos próximos (30).
Em Jerusalém, no templo, desaparece de chofre, desmaterializando-se, ante a expectação geral (31), e, na mesma cidade, perante a multidão, produz-se a voz direta, em que a benções divinas lhe assinalam a rota (32).
Em cada acontecimento, sentimo-lo a governar a matéria, dissociando-lhe os agentes e reintegrando-os a vontade, com a colaboração dos servidores espirituais que lhe assessoram o ministério de luz.
A distância da sociedade hierosolimita, vaticina os sucessos amargos que culminariam com a sua morte na cruz (33). Utilizando a clarividência que lhe era peculiar, antevê Simão Pedro cercado de personalidades inferiores da esfera extrafísica, e avisa-o quanto aos perigos que isso representa para a fraqueza do apóstolo (34). Nas últimas instruções, ao pé dos amigos, confirmando a profunda lucidez que lhe caracterizava as apreciações percucientes, demonstra conhecer a perturbação conciencial de Judas (35), a despeito das dúvidas que a ponderação suscita entre os ouvintes. Nas preces de Getsêmani, aliando a clarividência e clariaudência, conversa com um mensageiro espiritual que o reconforta (36).
No que se refere aos poderes curativos, temo-los em Jesus nas mais altas afirmações de grandeza. Cercam-no doentes de variada expressão. Paralíticos estendem-lhe os membros mirrados, obtendo socorro. Cegos recuperam a visão. Ulcerados mostram-se limpos. Alienados mentais, notadamente os obsidiados diversos, recobram equilíbrio.
É importante considerar, porém, que o Grande Benfeitor a todos convida para a valorização das próprias energias.
Reajustando as células enfermas da mulher homorroíssa, diz-lhe, convincente: Filha, tem bom ânimo! A tua fé te salvou. (37) Logo após, tocando os olhos de dois cégos que lhe recorrem á caridade, exclama: Seja feito segundo a vossa fé. (38)
Não salienta a confiança por simples ingrediente de natureza mística, mas sim por recurso de ajustamento dos princípios mentais, na direção da cura.
E encarecendo o imperativo do pensamento reto para a harmonia do binómio mente-corpo, por várias vezes o vemos impelir os sofredores aliviados à vida nobre, como no caso do paralítico de Betesda, que, devidamente refeito, ao reencontrá-lo no templo, dele ouviu a advertência inesquecível: Eis que já estás são. Não peque mais, para que te não suceda coisa pior.
Do livro "Mecanismos da Mediunidade" de Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira,
pelo espírito de André Luiz.
Foi tua fé que te salvou, dizia Ele e seus apóstolos após curar os enfermos. Fé, isto é, crer que há uma "força maior" que, quando manipulada por aqueles que "obram em nome de Deus" pode realizar feitos (o processo de cura è tanto mais eficiente quanto mais intensa se faça a adesão daqueles que a buscam) que aos olhos leigos são considerados milagres. Por que? Porque quem cré confia, e confiando, consente que a "energia curativa" que recebe, no formato que for, vibrações mentais, olhares, palavras, magnetizações, sons, luzez ect., flua livremente até que, alcançando as áreas enfermiças do binômio espírito-corpo, cumpra a tarefa de curá-las.
"Com uma palavra expulsou ele os espíritos e curou todos os enfermos". Claro, os maus espíritos, por maldade, ciúme, capricho ou vingança, podem provocar em seus hospedeiros, além da morte, quaisquer doenças que desejarem. Ver meu blog http://molestiascausadaspormortos.blogspot.com/
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